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MS pode ser protagonista na busca pela autossuficiência de trigo pelo Brasil

Agenda envolve duas Embrapas e 7 estados; previsão é aumentar em 100 mil hectares com o grão, já em 2023

Em reunião com o grupo da pesquisa e de transferência de tecnologias da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), o chefe-geral da Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS), Jorge Lemainski, discutiu ações que ajudarão o Brasil a ser autossuficiente em trigo em menos de cinco anos. E Mato Grosso do Sul faz parte desta estratégia.

O trigo é o cereal mais consumido no mundo pelos humanos. Contribui com 18% das proteínas consumidas e 20% da energia calórica em todos os continentes. O Brasil consome 12,5 milhões de toneladas de trigo, tendo a maior safra da história em 2022: 10 milhões de toneladas.

“O Brasil gasta na ordem de R$ 10 bilhões por ano com a importação do trigo, sendo que o País possui todas as condições de produzir. Queremos demonstrar que o trigo é uma oportunidade que pode dar dinheiro para o agricultor, como complementar à cultura da soja. É uma segunda cultura que melhora e estrutura o solo, reduz plantas invasoras, melhora a reserva de água interna do solo, diminui o custo de produção da soja como benefício e busca a construção de um ambiente de liquidez que possa remunerar o produtor”, garante o chefe-geral da Embrapa Trigo.

O chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira, lembrou que Mato Grosso do Sul já foi um grande produtor de trigo e destacou a importância da discussão das estratégias de ações entre as duas unidades da Embrapa para o êxito do desafio em Mato Grosso do Sul.

“O entendimento técnico propiciará, juntamente com as parcerias a serem estabelecidas, a busca pelas informações ainda necessárias para a solidificação de sistema de produção adaptadas para as diferentes regiões de MS, além de subsidiar o Estado para implementação de políticas públicas que favoreça à consolidação do trigo e de outros cereais de inverno como uma opção para diversificação de culturas”, disse Oliveira.

Serão instalados, em um primeiro momento, vários métodos de avaliação e de validação de materiais modernos de trigo que possuam características favoráveis para as diferentes regiões do Brasil. Além de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal receberão os métodos de avaliação.

Fonte: Campograndenews

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