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Bancada é favorável à isenção de pedágio durante pandemia

Parlamentares avaliam que medida deve conter preço durante crise mundial

Com três propostas tramitando na Câmara dos Deputados acerca da suspensão dos pedágios em rodovias durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a maior parte da bancada federal de Mato Grosso do Sul diz ser favorável à medida.

De acordo com a Agência Câmara, as propostas em tramitação foram apresentadas pelos deputados Carlos Chiodini (MDB-SC), Kim Kataguiri (DEM-SP) e André Janones (Avante-MG) – PLs 725/20, 851/20 e 930/20, respectivamente. A primeira proposta pede a isenção para todos os veículos que estiverem transitando, porém, as outras duas são para limitar a isenção da cobrança do pedágio para o transporte de carga.

Ainda conforme informações da Agência Câmara, a suspensão da cobrança de pedágio é um dos assuntos que vêm sendo tratados por caminhoneiros com o governo. “A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já divulgou algumas medidas específicas sobre a pandemia, como uma resolução que amplia até 31 de julho o prazo de validade dos certificados do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) com vencimento entre 1º de março e 30 de junho”, informou a Casa.

O deputado federal do PSD, Fábio Trad, destacou ser favorável à medida porque são os caminhoneiros que levam a produção do Brasil e colaboram para não ter desabastecimento nas cidades. “Sou favorável à isenção apenas para o transporte de cargas. Neste momento em que a economia está sofrendo um impacto, qualquer medida para estimular a atividade é bem-vinda. O transporte de cargas atua sobre toda riqueza transportada, inclusive a de Mato Grosso do Sul. Eles (caminhões e carretas) devem ser isentos”.

Em Mato Grosso do Sul, a BR-163 é administrada pela CCR MSVia e tem pontos de pedágio ao longo da via. Os valores dos pedágios no Estado, conforme informações do site da concessionária, variam entre R$ 5,10 e R$ 7,80 para carros de passeio; veículos comerciais pagam por eixo entre R$ 5,10 e R$ 7,80; e, no caso de motos, a variação é de R$ 2,50 a R$ 3,90.

A tucana Rose Modesto também é favorável à isenção. Segundo a deputada, o pedágio pode onerar em até 45% o transporte de grãos em algumas regiões.

“Eu sou a favor da suspensão da cobrança do pedágio de caminhões e carretas durante a pandemia do coronavírus como forma de reduzir os custos para o setor de transporte de cargas, que é primordial para evitar o desabastecimento no País. Sem a cobrança, incentivamos o transporte de cargas e possibilitamos que os preços fiquem estáveis”, ressaltou sobre a possibilidade de aumento dos preços dos produtos por conta da paralisação de parte da economia.

Representante do PT na bancada de MS, Vander Loubet, além de concordar com a isenção para os veículos que transportam cargas, pede que a medida seja adotada também com carros do Sistema Único de Saúde (SUS).

“De igual modo, entendo que os veículos que são utilizados para a locomoção dos profissionais de saúde que estejam vinculados às unidades financiadas pelo SUS e trabalhando no combate ao coronavírus, mesmo os particulares, também devem ser isentados”.

Diferentemente dos colegas, Dagoberto Nogueira (PDT) é contrário à isenção para os veículos, mas a favor de preços baixos e justos para todos que usam as rodovias. “Eu acho que tem que ser um pedágio justo, o que paga um não pagar o outro que paga. Quando isenta um, o outro paga. Eu prefiro pedágio mais justo e para todos”.

Deputado pelo PSL, Loester Trutis disse apenas que suas propostas estão em suas redes sociais. O Correio do Estado analisou que, entre os 14 projetos, consta a isenção do pedágio para caminhoneiros.

As senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (PSL) também são favoráveis à isenção, mas a emedebista é ainda mais crítica.

Simone pede a suspensão de cobrança em rodovias em que as obras de duplicação estão suspensas. “Veículos de carga, com certeza. E suspensão para todos nas rodovias com pedágio, em que o serviço de manutenção e/ou duplicação estiver parado, como é o caso da BR-163”, disse, ao citar o exemplo da rodovia que corta Mato Grosso do Sul.

Os deputados federais do PSDB, Beto Pereira e Bia Cavassa, e o representante do PSL, Luiz Ovando, foram procurados, mas não responderam a reportagem até o fechamento desta edição. O senador Nelson Trad Filho (PSD) está em tratamento pela Covid-19 em sua residência em Brasília.

 

fonte: correiodoestado

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