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Organização Social que administrava hospital em Ponta Porã é investigada por corrupção

Polícia Federal faz operação SOS-Saúde para apurar irregularidades no Hospital Regional Dr. José Simone Netto

Na manhã desta quarta-feira (04), a Polícia Federal de MS, a Receita Federal e Controladoria Geral da União estão cumprindo 34 mandados de busca e apreensão em uma Organização Social que administrou o Hospital Regional Dr. José Simone Netto, em Ponta Porã, entre 2016 e 2017.

A Operação SOS-Saúde, tem como finalidade de desarticular organização criminosa especializada na prática de condutas que podem configurar delitos como falsificação de documentos, dispensa irregular de licitação, peculato e organização criminosa.

A Organização Social firmou contrato em agosto de 2016. Após a assinatura, passou a receber elevados valores com o compromisso de gerenciar o Hospital Regional de Ponta Porã.

Entretanto, notou-se de diversas evasões para desviar os recursos, que deveriam ser aplicados na área da saúde, mas foi em proveito de empresas vinculadas aos próprios dirigentes da Organização Social.

São alvos da operação os gestores da Organização Social, empresas que receberam irregularmente valores financeiros e seus respectivos sócios-administradores, além de dois contadores e seus escritórios de contabilidade.

Desde a sua fundação, em 2011, a Organização Social cresceu de forma exponencial e, por isso, passou a ser administrada por diversos estados, como Mato Grosso, São Paulo, Bahia, Goiás, Paraíba e Mato Grosso do Sul.

A entidade recebeu quase R$ 1 bilhão entre 2014 e 2019. O Inquérito foi instaurado, em 14 de fevereiro de 2019.

Os 34 mandados de busca e apreensão são realizados em 25 endereços diferentes, sendo 11 em São Paulo, 10 em Goiânia (GO), três em Brasília (DF) e um em Campo Grande, além da detenção de bens, direitos e valores.

Os trabalhos estão contando com a participação de 112 Policiais Federais, 54 servidores da Receita Federal e 16 da Controladoria Geral da União.

Para o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, a ação só foi possível devido ao trabalho desenvolvido pelo secretário municipal de saúde Patrick Derzi.

“Mostra que ele detectou irregularidades na organização social que comandava lá o hospital e que foi muito rápido ele expulsou essa empresa lá em 2019”, afirmou Resende.

 

fonte: correiodoestado Alex Nantes

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