SATÉLITE que seria do Google cai na fazenda de Hilário Grisuki, em Paraíso das Águas. Equipamento ficou completamente destruído apesar do para-quedas abrir
Na manhã desta sexta-feira(8) um satélite foi encontrado completamente destruído na fazenda Marechal Rondon, há cerca de 15 km da área urbana de Paraíso das Águas. As imagens foram feitas por um funcionário da propriedade. O dono da fazenda, José Hilário Grisuki, confirmou a queda. O equipamento pertenceria ao Google, que realizava mapeamento da região. Técnicos de Costa Rica já estariam se deslocando para o local. A polícia de Paraíso das Águas foi acionada para preservar o local.
QUEDAS AUMENTAM NO MUNDO – Em janeiro de 2012 este tipo de acidente começou a ser registrado com mais frequência em todos os continentes. O último deles foi a sonda russa Phobos-Grunt, a terceira nave a cair na Terra em um período de menos de quatro meses. Em 24 de setembro de 2011, destroços do satélite americano Uars se lançaram sobre o Oceano Pacífico. Em 23 de outubro, foi a vez de o alemão Rosat encontrar seu fim nas águas do Índico.
MUITOS SE DESMANCHAM ANTES DE TOCAREM O SOLO – A verdade é que quase todos os dias algum objeto do espaço entra na atmosfera da Terra. Na maior parte, são objetos pequenos, pedaços de foguetes ou satélites, que viajam a velocidades muito altas, acima de 25 mil km/h. A resistência do ar gera atrito e, por consequência, eleva a temperatura, o que faz com que esses objetos se desmanchem.
Segundo a Nasa, há cerca de 19 mil objetos com pelo menos 10 cm na órbita da Terra. Com entre 1 e 10 cm, são em torno de 500 mil. Os fragmentos ainda menores são dezenas de milhões.
Lixo espacial
É considerado lixo espacial qualquer objeto criado pelo homem que esteja na órbita do planeta e já não tenha mais utilidade. Era o caso dos satélites Uars e Rosat, que estavam aposentados e sem controle havia anos, antes de caírem na Terra em 2011.
“Você não vai jogar fora um satélite que opera perfeitamente. Você só quer jogar fora quando ele já está falhando e, quando ele está falhando, fica difícil retirá-lo de lá. É como se o seu carro estragar e você o abandonar na beira da estrada”, compara Petrônio Noronha de Souza, chefe do Laboratório de Integração e Testes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A região mais congestionada da órbita fica cerca de 800 km acima da superfície da Terra. Objetos nessa altitude levam décadas para reentrar na atmosfera. A 600 km, eles caem em questão de poucos anos, e o processo leva séculos se a altitude passa de 1.000 km.
fonte chapadensenews (Redação e Fernando de Brito / BNC)